O ex-prefeito de Américo de Campos Ernesto de Oliveira Rosa participou de oitiva realizada nesta quarta-feira, dia 5, pela CEI que apura a verdade sobre os supostos projetos habitacionais da Associação Bom Pastor. Durante seu depoimento, ele evitou responder a maioria das perguntas.
Ernesto é irmão do prefeito de Catanduva, Osvaldo de Oliveira Rosa, e presidente do Catanduva Futebol Clube. Ele foi convocado para comentar a quebra dos sigilos fiscal e bancário da Associação Bom Pastor, fundada pelo prefeito Osvaldo na época em que atuava como padre. Segundo os vereadores que fazem parte da CEI, esses documentos fiscais apontam indícios de graves irregularidades.
“Temos informações muito sérias sobre possíveis desvios do dinheiro da associação. Acredito que se esses valores não tivessem sido utilizados de forma errada, os associados já teriam conseguido os seus terrenos”, explica o relator da CEI, Marquinhos Ferreira.
Além de Ernesto, outras três pessoas deveriam prestar esclarecimentos nesta quarta, mas não compareceram: Maria do Carmo Honório da Silva Garcia, ex-presidente da Associação Bom Pastor e atual secretária municipal de Contratações Públicas; Marilza Honório da Silva Pinto, atual presidente da entidade; e Rogério Domiciano Pinto, tesoureiro da Associação Bom Pastor.
De acordo com o presidente da CEI, um relatório final será divulgado em breve.
“Queremos ouvir só mais algumas pessoas e, assim, elaborar um parecer final. Infelizmente, não teremos boas notícias para os associados. O resultado dessa investigação será muito triste”, afirma o vereador Mauricio Gouvêa.
Lançado em 2018, o projeto de loteamento segue parado desde que o Ministério Público denunciou uma série de irregularidades praticadas pela Associação Bom Pastor. Desde então, as mais de duas mil famílias que adquiriram os terrenos, ainda não conseguiram iniciar a construção de suas casas.